Hoje estou falando sobre a Doutrina Espírita a respeito do Livro "Passes e Irradiações" de Edgard Armond.
Estou destacando a indicação do livro (que é atual até hoje) "Centros de Força" e o "Auto Passe" para harmonizar nossas energias.
CENTROS DE FORÇA
No perispírito, o sistema nervoso liga-se através dos plexos e gânglios, a
uma série de centros de força, denominados chacras na literatura oriental,
sobre os quais devemos aqui dizer mais algumas palavras, tendo em vista sua
importância para o trabalho dos passes, apesar de não terem sido citados por
Kardec na Codificação, por conveniência de programação.
Antes, porém, estudemos alguns rápidos conceitos doutrinários a respeito
da Energia.
1) FORMAS DE ENERGIA
Há energias de diversos aspectos que circulam no Cosmo, alimentando a
vida de todos os seres, as quais têm várias origens: a Terra, o Sol, o espaço
infinito, os seres espirituais...
Todas elas têm características, vibrações, ondulações e cores diferentes.
As que vêm do Sol são sete e correspondem às cores do espectro solar,
que o arco-íris reflete nas suas deslumbrantes e poéticas apresentações.
As da Terra são primárias, violentas; vêm do centro do globo e têm o
nome, na literatura oriental, de fogo serpentino, kundalini, e as chamaremos
aqui de Força Primária.
As que vêm dos espaços infinitos são inúmeras, dentre as quais se podem
citar o “prana”, a eletricidade, os raios cósmicos o magnetismo, etc., energias
estas que o homem absorve pela alimentação, pela respiração e pelos centros
de força.
Na alimentação, destacam-se os vegetais, nos quais, além dos sais
minerais e das energias solares fixadas pela fotossíntese nos carboidratos,
existem as vitaminas (aminas da vida) que a ciência já conseguiu descobrir e
classificar em grande número.
Todas essas formas de energia fluem através dos corpos vivos,
alimentando suas atividades individuais.
Portanto, resumindo, verificamos que o homem encarnado se nutre:
a) de alimentos sólidos e líquidos, que absorve pelo sistema digestório;
b) de ar atmosférico, que absorve pelo sistema respiratório e pela pele;
c) de energias espirituais (fluidos e raios cósmicos) que absorve pelos
centros de força.
2) CENTROS DE FORÇA
Centros de Força ou Rodas são acumuladores e distribuidores de força
espiritual, situados no corpo etéreo (1) pelos quais transitam os fluidos
energéticos de uns para outros dos envoltórios exteriores do Espírito
encarnado.
No homem comum, o centro de força se apresenta como um
(1) Também conhecido como duplo etérico, que é formado por
emanações neuropsíquicas do corpo físico, de onde emana o ectoplasma.
A esse respeito André Luiz, em Nos Domínios da Mediunidade, capítulo
11 nos diz:
“— Com o auxílio do supervisor, o médium foi convenientemente
exteriorizado. A princípio, seu perispírito ou corpo astral estava revestido
com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo
de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto, como sendo o duplo
etérico, formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao
campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior
afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração,
tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte
renovadora.” (Nota da Editora)
círculo de mais ou menos 5 centímetros de diâmetro, quase sem brilho; porém,
no homem espiritual, é quase sempre um vórtice luminoso e refulgente.
Quanto mais ativo ou desenvolvido for o centro de força, maior
capacidade de energia ele comporta e, portanto, maiores possibilidades
oferece em relação ao emprego dessa mesma energia; e como as faculdades
psíquicas são afetadas e estão, em grande parte, subordinadas ao
funcionamento dos centros de força, compreende-se que o maior
desenvolvimento de um deles acarreta o desenvolvimento da faculdade
psíquica correspondente e vice-versa.
Os centros de força principais no perispírito se localizam em regiões
anatômicas correspondentes aos plexos do corpo orgânico. Para melhor
compreensão do assunto, damos um mapa dessa colocação e respectiva
nomenclatura. (2)
Os Plexos, sua devida localização no corpo físico, juntamente com os
Centros de Força, estão alinhados respectivamente nesta ordem. Um por um,
em grupos de três, e separados por uma vírgula, cada ítem. E cada grupo de
três itens, está separado por um hífen.
PLEXO, (3) LOCALIZAÇÃO, CENTRO DE FORÇA
Sacral, Base da espinha, Básico. - Hipogástrico, Baixo ventre, Genésico. -
Mesentérico, Região do baço, Esplênico. - Solar, Região do estômago,
Gástrico. - Cardíaco, Região precordial, Cardíaco. - Laríngeo, Garganta,
Laríngeo. – Frontal, Fronte, Frontal. – (4), Alto da cabeça, Coronário.
(2) Em sua obra Entre a Terra e o Céu, publicada após a 1a edição deste
livro, André Luiz discorda, em parte, desta classificação, chamando de
cerebral ao centro de força frontal; mas preferimos a denominação de
frontal, para evitar confusões com o coronário, cuja localização é também
no cérebro.
(3) O plexo Solar é atualmente designado por plexo gástrico e o Frontal é
conhecido na medicina como carotídeo ou carotidiano. (Nota da Editora)
(4) O chacra coronário não está relacionado com nenhum plexo do corpo
fisico, mas o está com a glândula pineal. Vide Os Chacras, C. W.
Leadbeater. Ed. Pensamento. (Nota da Editora)
3) FUNÇÕES DOS CENTROS DE FORÇA
Segundo as funções que exercem, eis as finalidades dos centros de força:
BÁSICO: Na contenção deliberada, as forças que transitam por esse órgão
se transformam, no cérebro, em energia intelectual. Estimula desejos, age
sobre o sexo. Capta e distribui a força primária e serve para reativação dos
demais centros. Essa reativação, se for feita assiduamente sobre o mesmo
centro, aumenta a animalidade. (*) Cores básicas: roxo e laranja forte.
GENÉSICO: Regula as atividades ligadas ao sexo, recebendo influência
direta do Básico. A reativação aumenta a libido em grau imprevisível, podendo
levar ao esgotamento e ao desequilíbrio, provocando muitas vezes vampirismo,
sendo, portanto, desaconselhável.
ESPLÊNICO: Regula a circulação dos elementos vitais cósmicos que,
após circularem, se eliminam pela pele, refletindo-se na aura; quanto mais
intensa a absorção, mais poderoso o magnetismo individual aplicável às curas.
A reativação aumenta a captação dessas energias, a vitalidade nervosa e a
normalidade circulatória sangüínea. Cores básicas: amarelo, roxo e verde.
GÁSTRICO: Regula a manipulação e a assimilação dos alimentos
orgânicos; influi sobre as emoções e a sensibilidade, e sua apatia produz
disfunções vegetativas. Cores básicas: roxo e verde.
(*) André Luiz, em sua obra Entre a Terra e o Céu, não se refere ao centro
de força básico, porém julgamos acertado conservá-lo nesta relação, pela
sua importância no metabolismo energético e por ser o agente reativador
das atividades mediúnicas no campo da movimentação de fluidos
pesados, próprios do homem animal.
CARDÍACO: Regula as emoções e os sentimentos. A reativação expande
os sentimentos; influi sobre a circulação do sangue e sua manipulação é
delicada. Cores básicas: rosa e dourado brilhante.
LARÍNGEO: Regula as atividades ligadas ao uso da palavra; influi sobre a
audição mediúnica. Cores básicas: prata e azul.
FRONTAL: Regula as atividades inteligentes; influi no desenvolvimento da
vidência; tem ligações com a hipófise. Cores básicas: roxo, amarelo e azul.
CORONÁRIO: Órgão de ligação com o mundo espiritual; serve ao Espírito
para influir sobre os demais centros de força; influi sobre o desenvolvimento
mediúnico por sua ligação com a epífise. A reativação dá continuidade de
consciência no sono e nos desdobramentos. Cores básicas: branco e dourado.
4) O CORPO ETÉREO
Os plexos, como já explicamos, estão situados no corpo fisico; são
conjuntos e aglomerados de nervos e gânglios do Sistema Vago-
Simpático que regula a vida vegetativa do corpo humano.
Os centros de força, ao contrário, são estações de força espiritual ou
fluídica no perispírito e no corpo etéreo; formam um campo eletromagnético
utilizado pelo Espírito e funcionam em plena ligação com os plexos do corpo
material.
O corpo etéreo é composto de eflúvios vitais, na sua maior parte
emanados do neuropsiquismo do corpo denso, e assegura a ligação entre o
perispírito e este do qual, aliás, faz parte, como se fosse um prolongamento.
Esse corpo etéreo desintegra-se de 30 a 40 dias após a morte do corpo
físico.
5) CONSIDERAÇÕES GERAIS
As forças espirituais e as cósmicas, vindas do Espaço ou da Terra,
penetram nos centros de força situados no perispírito, daí passam aos plexos
orgânicos e destes aos nervos, transitando, assim, por todo o organismo.
As energias que fluem pelos centros de força possuem uma determinada
medida de onda e determinada cor; movem-se, não em linha reta, como as
ondas de luz, mas por ondulações.
Segundo as influências que exercem, os centros de força possuem cores
diferentes, predominando, em cada um deles, aquela que corresponde à sua
natureza e atividade fundamental. Ainda segundo essa natureza e a disposição
que guardam no conjunto humano, podem ser:
a) Fisiológicos — genésico e gástrico;
b) Emocionais — cardíaco e laríngeo;
c) Espirituais — frontal e coronário.
Estes últimos mantêm estreitas ligações com as glândulas epífise e
hipófise (pineal e pituitária) e funcionam como elementos de ligação com o
mundo espiritual superior, como já dissemos.
Alimentação sóbria, abstenção de tóxicos e outros fatores, influem
sobremodo no trânsito livre e desembaraçado das energias pelo binômio centro
de força-plexo; isto é muito importante para aqueles que dão passes e que
necessitam manter sempre suas próprias forças em perfeito ritmo e
capacidade.
Os medicamentos materiais agem sobre as vísceras, músculos e nervos,
mas as energias fluídicas e magnéticas agem sobre os centros de força
diretamente.
A força primária penetra pelo centro básico, desperta os demais centros
e, em certos casos, provoca sua reativação.
Em alguns indivíduos, os centros frontal e coronário se confundem na
aparência, visto que as duas glândulas, pituitária e pineal, estão no corpo
físico, quase juntas.
No corpo fisico, os órgãos dos sentidos recebem as impressões exteriores
e as transmitem ao cérebro, para o conhecimento do Espírito; porém, no
perispírito, há matéria própria a receber e transmitir as impressões ou
vibrações procedentes do exterior e este é o segredo da compreensão da
quarta dimensão: o Espírito vê e sente em todos os sentidos, sem necessidade
de localização, porque no seu envoltório, em todo ele, há células capazes de
receber e transmitir tais impressões.
Cada centro de força, despertando, aumenta as possibilidades dos
sentidos físicos e espirituais, como também de faculdades psíquicas ou
mediúnicas; cada um que desperta ou se desenvolve torna o Espírito capaz de
perceber novas ordens de vibrações.
As energias solares penetram nos centros em forma de ondulações
preferenciais ou específicas, formando raios de cores diferentes, com virtudes
diferentes. Por exemplo:
Roxos e alaranjados — Raios próprios do genésico, donde vão aos
órgãos reprodutores. O uso destes mantêm vivos os desejos — a libido —
enquanto que a abstenção os transforma em raios amarelos, próprios da vida
espiritual, que passam ao cérebro.
Amarelos — Vão ao coração, que avivam e passam diretamente ao
cérebro, para despertar o coronário.
Verdes — Inundam o abdômen, centralizando-se no plexo solar para
vivificar os órgãos digestivos e excretores.
Róseas — Circulam pelo sistema nervoso, do qual são alimento
específico.
Porém, como os centros de força funcionam no plano espiritual, nem
sempre podem transmitir ao corpo físico, à consciência física desperta no meio
físico, as impressões que lá estão constantemente recebendo; há fronteiras
vibratórias que impedem a transmissão: uma espécie de cortina vibratória
isoladora, que protege o corpo físico dos choques constantes e muitas vezes
perniciosos dessas impressões, como mais adiante estudaremos.
Nos médiuns, as faculdades podem ser despertadas por alterações
introduzidas em seu corpo perispiritual pela ação da força primária dirigida;
porém, o desenvolvimento prematuro dos centros de força por esse processo,
sobretudo o genésico, é altamente condenável e perigoso, podendo produzir
perturbações sérias.
Nenhuma prática neste sentido deve ser aconselhada a não ser a do
desenvolvimento gradual e paralelo das forças morais, visando a
evangelização do indivíduo.
O forçamento dos centros de força, sua manipulação empírica ou que
ultrapasse certos limites, no plano material, desequilibram os órgãos
correspondentes e, no espiritual, produzem distúrbios psíquicos e obsessões.
Por outro lado, seu esvaziamento e apatia produzem enfraquecimento
orgânico e psíquico, pela interrupção do fluxo de energias vitais sustentadoras
do metabolismo fluídico geral.
Entretanto, reconhecendo a conveniência da reativação nos casos de
desenvolvimento mediúnico e no campo das curas, estudamos um processo
simples, mediante o qual se pode, com os devidos cuidados, introduzir a
utilização da Força Primária nas práticas espíritas.
RESUMO
Agora podemos resumir tudo para dizer: que o corpo humano é um universo
em miniatura, de fundo essencialmente dinâmico, formado de energia
condensada em células vivas e inteligentes, agrupadas em colônias de
hierarquias vibratórias diferentes, que se especializam para formar órgãos,
aparelhos e sistemas, cada qual com suas características, movimentos e
finalidades próprios, e todos ligados entre si pelo sistema nervoso; e que nesse
maravilhoso conjunto, a função espiritual depende grandemente deste sistema
nervoso que é o grande regulador de todas as tensões, relações e movimentos;
e, finalmente, que o Espírito encarnado utiliza-se desse organismo agindo,
diretamente, pelo cérebro ou, indiretamente, pelos plexos.
Por isso é que em todos os casos de predominância espiritual
(exteriorizações espontâneas, misticismo, hipersensibilidade congênita,
mediunidade etc.) o primeiro setor do organismo a manifestar irregularidades
ou perturbações é o nervoso, porque a atividade psíquica do Espírito solicita
em demasia a atividade física do sistema, hierarquicamente inferior que, para
corresponder às solicitações referidas, vibra aceleradamente, de forma
anormal, num ritmo que não é o seu, esgotando em pouco tempo suas
energias de reserva.
Nestes casos, é necessário e urgente reduzir a atividade espiritual ou
elevar o padrão vibratório do corpo físico, pela purificação; mas este é assunto
que escapa à natureza e às limitações deste nosso trabalho.
AUTOPASSE
Esta é uma modalidade bastante útil porque permite ao próprio doente e
aos médiuns trabalharem em sua própria cura e utilizarem os recursos imensos
que estão à disposição de todos pela misericórdia de Deus, Criador e Pai.
Justamente por causa das contaminações diretas que sofrem a todos os
momentos, devem os médiuns se utilizar — sobretudo eles — do Autopasse
para a limpeza psíquica de si mesmos e o recarregamento de energias dos
plexos e centros de força.
ESQUEMA
1) Concentração e abertura.
2) Ligação com o protetor individual; aguardar sua presença.
3) Levantar os braços e aguardar a descida da força fluídica.
4) Projetar sobre si mesmo essa força, operando de acordo com o
esquema geral, isto é, primeiramente limpando o perispírito com passes
transversais e longitudinais com contato, usando ambas as
mãos para limpar os fluidos ruins porventura. absorvidos. De espaço a espaço
levantar novamente os braços, para intensificar o recebimento da força, caso
necessário.
Quando houver saturação de forças e perceber o médium que cessou sua
fluição pelos braços, dar o passe por encerrado, fazendo a prece de
agradecimento.
Se houver perturbação funcional de órgãos internos, agir sobre eles
colocando a mão esquerda sobre o plexo solar e a direita sobre o órgão
doente, promovendo, assim, o dispositivo eletromagnético das duas mãos,
entre cujos dois pólos circulará a corrente de cura.
Fonte:
Livro "Passes e Irradiações"
Edgard Armond
Tenham um Bom Dia e espero que estejam gostando das matérias
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